Esse negócio de deus
Quando se diz que Deus não existe
A tensão que se instala
É preciso certa subjetividade
Uma desculpa qualquer
Para que a vida continue
Esse negócio de deus
Que não desenrola o verso
Nem enrola o balaio
Telefonei
Estava com Hagamenon
A linha tocou até cair
Já era “sesfini”
Fica fone na mão
O vazio da presença
Que fosse bom escutar
A foice fosse cortou
Nem martelo tem mais
Tem essa coisa de Márcia
Quando canta
Era dia estragado
E ela cantou tão bonito
Acordou Pedro
E todos os apóstolos
A vida precisa acordar
Correr pelo quintal
Antes engatinha a vida
E quando anda a vida
A gente nem enxerga mais
Outro dia
Descobri
Uma tal “neurofibromatose”
Nome grande, difícil
Não tinha solução
Também não era sinuca de bico
Mãe chorou, pai também
Mas o apelo de Cristo pelo pai
Ficou chato
Ninguém corre para o colo do pai
Mãe não deve chorar
Mãe não deveria morrer
Mãe sorrindo é tão bonito
O pai de André sorri
A gargalhada da mãe
olha aí Mariana
é coisa que se escuta
bem ali no infinito
quase chegando
na Barra do Turvo
que seja cinza o domingo
depois que o Tiradentes morreu
você não acha
que tá tão sol dentro de nós?
Todos dormem
Valter,Carminha,
Alcides, Raquel, Alê, Luiza,
Ariadne, Paulinha, Lu, Chris, Patrícia,
Vitor, Vinicius, Bruno,Thiago, Necy, Regis,
Teka , Ian e Beto também dormem
Adriano não dorme
Pegou Elis e saiu
“Luci inde escai uiti daimonde”
Que nada de coisa nublada
Óculos escuros
Tenho cá para mim
Que Adriano é cara
Nosso Drummond de subúrbio...
ResponderExcluirvaleu
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