domingo, 11 de setembro de 2011

Tempero do Zeca


Fechado o bar, fica dentro dele o rumor de nossas ideias, o som das músicas cantadas pela metade, um bar fechado é um ambiente repleto de lisonjeas. Seja um pé de porco ou um canto requintado, através dos bares compomos a nossa história, amizades não brotam em leiteria não é mesmo?  Não vamos tocar no tema, das violências atribuídas a estes estabelecimentos, acredito que os bares servem porções de felicidade.
Nesses últimos dias, tenho reencontrado velhos companheiros dos tempos de escola, dias carregados de certa nostalgia, até pensei em escrever sobre isso, essa coisa de rever gente, mas não conseguiria escrever uma linha, ficaria bem piegas, é bom deixar no passado como fotografias guardadas em um álbum, voltar a encontrar antigos sorrisos é como abrir esse álbum.
Diante de minha casa foi reaberto um velho bar, era ali quando criança que comprava o pão e o leite de todos os dias, de repente foi se tornado apenas um boteco, e à medida que fui crescendo, ele passou a ser útil do mesmo jeito, Sob nova direção foi a faixa colocada na fachada do velho bar, era estranho ver aquele lugar fechado, era o local onde comprávamos aquela gelada para ver o futebol, era ali que os amigos da rua se encontravam de vez em quando, no dia da reinauguração atravessei a rua como nos velhos tempos, sacola na mão com algumas garrafas, a velha sede da sexta feira, entrando no recinto um cheiro bom chegava da cozinha, tempero do Zeca alguém sussurrou como se me conhecesse e, para minha surpresa dentro daquele lugar estavam os velhos amigos do passado, foi como se atravessasse o túnel do tempo, foi como se a escola ainda fosse a nossa única razão de viver.

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