segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Inacioval e a morte 1 - Alice


Inacioval e a morte 1 – Alice

 

Amor, dor foram as palavra que saíram da boca do poeta, simples assim num resumo do que é a vida. Nesses dias de sol as pessoas também estão ficando áridas, sentimos em seus olhos e atitudes a coisa rude do asfalto em brasas, claro que nem todos são dessa forma, seria chato se fosse unânime a insensibilidade. Era o dia da independência e fomos para o almoço tranquilos rindo de coisas tolas ou não, o ideal seria o mar ou uma piscina, aqueles que foram para a praia chegaram por lá numa fadiga só, o transito, o freia, acelera da estrada, no dia seguinte aquele cara que você hostilizou na descida acaba encontrando numa fila de padaria e pronto, olha só no que pode restar um feriadão? o restaurante de certa forma também estava uma loucura, mas rapidamente nos forneceram uma mesa, as crianças famintas foram servidas primeiro, nós aos poucos fomos nos fartando entre tragos do precioso liquido gelado, estávamos ancorados quando pensamos em ir para outro bar com mesas na calçada onde as crianças pudessem ficar tranquilas e nós ainda mais afinal, era o dia de ser livre das amarras e todo aquele blá blá que o Tarcísio Meira eternizou. Moça mãe de filha minha recusou a proposta, não tinha ninguém capaz de convencê-la, entre aquele apelo clássico de ”vamo lá” e coisa tal, as crianças da mesa atrás da nossa começaram a brincar com André e Ariadne, tinha riso naquele ambiente, rolou empatia entre todos pais e filhos e espíritos santos evoés. Aquela refeição para eles era a da espera, a lua estava para mudar disse Rubia a mãe de dois guris que estava grávida do terceiro, com a mudança da morada de São Jorge viria ao mundo Alice, as mulheres tem dessas coisas, nós ali também estávamos na verdade, estamos na organização do aniversário do Andrezão, já tínhamos até bolado a logística para a compra dos enfeites e todos os aparatos no dia seguinte, diante do caminho da gente uma nova turma, eles passaram a ser a mesa na calçada que tanto buscávamos.  As mulheres conversando, as crianças brincando, nós numa falação só e cervejas e cervejas e saideiras e saideiras. Lá se foi a tarde, era noite, felicidades, vamos marcar um churrasco assim que Alice chegar, foram, fomos todos, estava próximo o momento da despedida. Quando chegamos em casa bateu na porta o pedido de socorro, saímos para atender o apelo de ajuda, corpo no carro, a avenida repleta de luzes, o “fanque” perto do hospital, a maca, a emergência, um homem entrando no derradeiro turbilhão,  Isbelio se foi na mesma noite que Alice chegou. 

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