quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Nelson Cavaquinho


Este ano é o centenário do grande Nelson Cavaquinho e a Estação Primeira de Mangueira irá transformar a sua figura em tema na Sapucaí. Um dia cheguei em casa com o disco do Nelson e quando coloquei para tocar as figuras que estavam por ali ficaram espantadas, a voz, o violão e a letra de Nelson realmente são de arrepiar.
A Flor e o espinho é uma canção sem igual assim como Folhas secas, é difícil dizer que canção dele é a melhor, no disco O importante é que a nossa emoção sobreviva Paulo Cesar Pinheiro gravou uma musica em que ele diz que o seu último fracasso estava na tatuagem de seu braço e se puxamos a quantidades de tatuagens que essa gente faz para homenagear o amor sacamos aí um Nelson profético, o problema é apagar a tal tatuagem.
Leon Hirszman gravou um documentário sobre ele em 1969, uma jóia em branco e preto onde Nelson se mostra sem qualquer retoque. Este documentário acompanha o recém lançado DVD com o filme A falecida. Deveremos exibi-lo no Bar Badauê ainda no primeiro semestre, acompanhado é claro de uma boa roda de samba.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PSTU


Ontem o PSTU esteve no lar de milhões de brasileiros, por breves cinco minutos é verdade, mas minutinhos caros estes não? Raramente assisto as coisas que rolam pela TV aberta, acontece que lá em casa rola uma democracia e as mulheres curtem um TI, TI, TI saca? Então fico por ali de vez em quando, até que essa novela não é ruim talvez por se tratar de uma renovelização (remake) de um velho sucesso do passado. Terminada a novela entrou a chamadinha das manchetes do jornal e a informação da propaganda obrigatória. Pensei em trocar de canal e antes de chegar até o controle águas corriam pelas encostas da região serrana do Rio de Janeiro e as críticas pela falta de assistência do poder público, o descaso com a população carente, dentro deste tema o Partido deveria informar que os diretórios regionais da legenda estão abertos para o recebimento de donativos, mas não o fez afinal o tempo era escasso e precisavam falar do aumento dos deputados e que a Dilma tinha que vetar este reajuste abusivo e coisa e tal, também não sei se o PSTU está recolhendo através de seus diretórios zonais ou regionais donativos para a  população afetada pelo problema.
O que realmente me espanta é a cara de pau destes caras que se julgam diferentes dos outros partidos, mas que estão dentro da mesma cumbuca ou não? Quando será que o PSOL e o PSTU vão propor o fim do voto obrigatório por exemplo?
O poder público realmente não tem política para a prevenção de desastres ambientais, não tem política habitacional para retirar as pessoas que moram em áreas de risco, não só o governo federal mas também os poderes municipais e estaduais, outra coisa que é importante ressaltar, para a reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas serão necessários perto de 600 milhões de reais, a reforma do Mario Filho(Maracanã) teve orçamento inicial de 702  milhões de reais e deve chegar ao número mágico de 1 bilhão ao seu final. Com tantos problemas essenciais para resolver como sediar um torneio de futebol deste porte? O governo do Estado do Rio de Janeiro não teria através de PPP com reformar o Mario Filho?
É um apena que o PSTU não tenha a capacidade de criticar e informar de forma decente, no fundo ainda estão vivendo de papo e não de propostas.  
  

domingo, 16 de janeiro de 2011

o churrasco do brau

Tarde de sábado e um bom amigo veio nos visitar e mano brau foi para a churrasqueira, mano brau é gaucho de Pernanbuco decendente de indios Jeronimos de Alagoas. Brau aprendeu com o cunhado de uma tribo vizinha chamada Os Macedos Moicanos de Araçoiaba as manhas para a fumaça não tomar conta do ambiente.

sábado, 15 de janeiro de 2011

um poema

Queria um poeminha ordinário
Para matar minha fome de poesia
Algumas linhas apenas
Tipo ovo mexido com pão
Abro a geladeira
E não há nada, apenas água
Preciso ir à feira
adquirir novas idéias

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

vagabundagem


Pela manhã um sorriso despertou o dia, tinha sol no céu, mas quando ele se perdeu de meus olhos entrando numa rua vizinha, senti o cinza aparecer sobre a minha cabeça. Era aquele sorriso claro branco da manhã a inspiração para a sexta feira, só que tem coisa que é de momento e não tinha pena e nem papel  e  a pequena poesia que pintou na cuca desapareceu com as primeiras gotas de chuva.
Não fiquei na pior afinal, já estou acostumado a perder versinhos bons entre traguinhos sórdidos ou na tentativa tola de que minha memória irá guardar cada palavrinha pensada. Lembrar de coisas passadas às vezes é fácil quando não se quer lembrar de nada, tente lembrar de algo importante agora e só vai chegar fresco para você quando tornar-se desimportante, papo de doido né não?
Ontem um velho amigo apareceu depois de muito tempo para visitar a gente, rimos de coisas passadas, do presente e bebemos e cantamos Macalé e Valter Franco, foi  uma farra boa numa quinta feira, de repente lá pelas tantas a cerveja quase no fim já era madrugada  de sexta feira e tentamos nos lembrar de um sinônimo para vagabundagem e ficamos tentando lembrar e nada, agora sem motivo nenhum me lembrei que a palavra que buscávamos é ociosidade.  

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

o trocador, a chuva e o gaucho

No Rio o cobrador de São Paulo é trocador e se tem coisa inutil em São Paulo esta é a tal figura do cobrador, depois que implantaram por estas bandas o bilhete único a coisa ficou mais clara. Hoje saí com a velha e a bambina, a velha se perde entre luzes, normal coisa da idade e a bambina fica maravilhada com tantas luzes e nosso passeio foi todo dentro de ônibus. São Paulo é cidade que não para, se você entrar na pilha de comer um guisado as quatro da manhã vai ter um canto aberto com o guisado pronto e ponto. Mas que cidadezinha para ter neguinho branquinho estressadinho? o trocador do primeiro bumba nem olhou na minha cara e olha que eu paguei, o trocador do segundo girou a catraca que zuniu na cuca o barulho da fadiga e zuniu na minha orelha e descemos da bagaça afinal, ônibus em São Paulo é bagaça e entramos numa padoca e padoca em São Paulo é coisa fina e a chuva brotou e cheirou coisa boa uma máquina de chopp e tela plana gente, em São Paulo padoca de responsa tem tela plana e pintou aquele mar vermelho e preto nhum tremendo sol do Rio e quer saber? dane-se a fadiga desses seres, sou Flamengo, minha filha é e meu sobrinho também e veio bom chopp gelado e o dentuço sorriu e se tem coisa nessa São Paulo é gente ranzinza(não sei se é assim que se escreve ranzinza, se eu estiver errado me corrija) o cara do lado  falou que o ex gaucho não vai jogar nada, beleza, tudo bem, engoli  o gelado chopp e assoviei Sergio Sampaio eu viajei de trem.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

belas artes

Durante algum tempo repetimos o programa de ir até a Consolação,meu irmão e eu. Primeiro iamos até o Baguete, ele comia o sanduíche Perdizes e eu o Pinheiros ou sumaré, ele uma caipirinha de Rum carta prata e eu uma caipirinha de Vodka. ,alimentados, atravessávamos a pasasagem subterrânea e íamos ver um filme no Belas Artes. O baguete deixou de existir faz um bom tempo assim como o seu vizinho Riviera, coisas de São Paulo onde nada permanece, onde as referências deixam de existir a cada segundo, o Belas Artes se manteve entre crises firme não deixbado a peteca cair, só que agora vai fechar, dizem que vão reabrir num outro lugar pode ser, mas nada como a Consolação quase esquina com a Paulista. Algumas casas já mudaram de endereço e não voltaram a ser as mesmas,nós mesmos quando mudamos de casa não conseguimos editar as velhas farras do passado, fica um pouco da gente em cada canto e ali onde está o Belas Artes há um  pouco de cada um de nós.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Rio Pequeno

A periferia é um grande barato, principalmenete quando você mora por muito tempo no mesmo bairro. Hoje fui ao mercado Dia ou O dia, não sei bem o nome daquilo, as coisas lá são mais  baratas só que é uma zona daquelas, produtos sem preço e filas nos caixas, filas de procura por ingresso do U2 saca? Minha senhora comprou duas ou três sacolas e disse que dava para levar na caminhada e sinceramente não era possível mesmo. Um detalhe curioso é que ainda passam charretes nas ruas do bairro e olha que o Rio Pequeno virou um centro comercial com bancos diversos, Casas Bahia entre outras coisas, faltava um bar mas pintou o Badauê, bem minha senhora queria que eu levasse as sacolas e realmente não era possivel e por isso recorri ao carreto e o carreto é uma velha Belina sem cinto de segurança, aos cacos, uma tremenda aventura passear numa velha carroça. As minhas finas mãos suportam apenas o peso de um bom copo repleto do precioso liquido.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011