quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

os filhos dos meus amigos

Fui recolher algumas fotografias para a contra capa de meu futuro livro, ainda não sei quando vou lançar, mas preparo cada coisa com a devida calma que o projeto merece. As fotos comprovaram o que meus vizinhos sentem na pele faz um tempão, muita gente passou pela minha casa, quanta festa fizemos ao longo desses últimos anos, nunca comemorei meu aniversário em outro lugar que não fosse lá em casa, não importa o dia em que envelheço, terça, sexta,sábado,segunda,domingo, tem birita e música e assim a vida tem sido e assim será, mesmo que algum vizinho novo chame os homens da Lei como no ano passado.
Entre tantas lembranças, imagens de meus sobrinhos quando crianças, as diversas fases de suas vidas, seus amigos, mas uma coisa que me chamou a atenção foram os filhos de meus amigos que passaram por lá, Amanda e Maisa, filhas do Jaburu, Juju, filha do Wagner. Não escolhi nenhuma fotografia para o livro, selecionei algumas para olhar com mais calma qualquer dia, acabei separando algumas para o grupo do Facebook dos órfãos butiquineiros, e foi por ali entre tantos membros que encontrei Ariel, filho do Wagner, já tinha encontrado a Iraê também filha do Wagner, Pedro, filho da Martha Pimenta, a já citada Amanda, e quase de bobeira o Thomás, filho do Genaro, que conheci saindo das fraldas no bar dos pais da Paulinha que veio a se tornar a mãe de minha filha. Já não são mais crianças, mas o brilho que eles me trazem quando os vejo é feito um sol que ilumina esta velha estrada.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Orfãos do JaJa, Beltiquim e Bar do Beto

Segundona brava, calor e trânsito, gente sem educação em coletivos, ou sozinhas em seus veículos de passeio, todos querendo chegar, mas sem calma ninguém sai do lugar e decidi sair da piração e fui beber um café, comer qualquer coisa, deixar os caras se destruírem na luta selvagem do primeiro dia da semana. Alimentado, jornal devidamente lido na espera do pão de queijo, faz tempo que cancelei a minha assinatura e os caras continuam mandando aquele jornaleco de quinta e que na segunda é um pé no saco, até a coluna do Pondé às vezes não da pé e pé, ante pé, cheguei ao trabalho com uma hora de atraso, mas tranquilo para abrir uma nova semana.  
Meu computador pifou no final da anterior, não estava por dentro das coisas do mundo minha nêga, meu nêgo e quando chego no trabalho, primeiro, bom dia, depois, água, café  e acender o PC, leio os jornais do final de semana pela internet e quando a coisa fica complicada deslizo para os emails pessoais e nessa segunda viajei literalmente pelo passado, quando fui convidado para participar de um grupo no facebook chamado Órfãos do JaJa/Beltiquim/Bar do Beto, ressaca na segunda é coisa comum na minha vida e porra senti ressaca do tempo; tem mais gente no grupo do que cabia dentro do espaço do bar e a coisa ta  aumentando.
Vai rolar um encontro das pessoas do grupo na sexta (25/02), algo denominado como é bem característico dos frequentadores do bar como pré encontro, mas que de fato será um encontro memorável mesmo que chova canivete.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Louco


Grande barato a loucura
fruto da liberdade
esvaziando essa garrafa
de vinho ordinário
sou louco irremediável

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sacolão cultural

Uma manhã de domingo é sempre de preguiça, às vezes alguma ressaca e quase sempre vamos até a feira para comer um pastel, beber uma garapa e ir despertando devagar. No domingo que passou o sol nos convidou para outro programa, Ariadne e Paulinha se encheram de protetor solar e foram nadar no SESC Pinheiros e eu fui para a Praça Elis Regina, combinamos de nos encontrar para o almoço.
Outro dia a população vizinha da Praça organizou um abaixo assinado para vetar o projeto de um túnel que passaria por baixo dela, uma dessas intervenções urbanísticas que só prejudicam a população local, coisa para desafogar o tráfego de veículos, em São Paulo não se investe em gente, em São Paulo não se investe em transporte público de qualidade, o abaixo assinado deu certo e o projeto foi arquivado, espero que para sempre.
A Elis Regina hoje tem aparelhos para exercícios físicos, possui diversas árvores que nos protege do sol impiedoso desses dias, brinquedos para as crianças, um local perfeito para se organizar um sacolão Cultural que é um espaço onde os produtos oferecidos são musica, poesia, artes plásticas e outras manifestações artísticas.
Há um problema pairando a cuca do Prefeito de São Paulo de que artista de rua e camelô são a mesma coisa, cultura para o Prefeito não é coisa que se faz na rua e ele procura impedir que as pessoas organizem eventos nas praças, uma vez que não fornece um palco para os artistas e uma mínima estrutura de sonora. Contra esse tipo de pensamento algumas experiências brotam pela cidade e uma dessas experiências é o tal Sacolão Cultural.
Quando cheguei havia um pequeno grupo de pessoas reunidas como se estivessem num piquenique, bolo, suco, pandeiro, violão, voz e paz muita paz, aos poucos outras pessoas foram chegando e uma roda de choro se formou, algumas pessoas pararam em torno da gente para ouvir a música e conhecer aquele povo que ocupava a praça com arte e sem alarde.
Dia 27/02 por volta de dez da manhã vai rolar outro Sacolão Cultural, sugiro aos organizadores que desistam de pedir qualquer ajuda para o Poder Público, é melhor uma experiência anarquista onde cada um divulga do seu jeito, onde cada um leva um verso, um instrumento, uma flor, seria bacana bolar um texto para informar aos transeuntes a proposta do Sacolão Cultural, de qualquer maneira foi uma manhã mágica de domingo revendo velhos amigos e tento contato com novos companheiros.