domingo, 15 de setembro de 2013

asseptizado Maracanã


Foi numa manhã azul como esta, ele me puxou dizendo que iríamos até lá, foi a coisa mais linda que ele  disse em toda a minha vida e puxa faz tanto tempo, me recordo que foi o domingo mais longo da história, os ponteiros quase pararam, era uma lentidão que nem te conto. De repente disse vamo nessa? e fomos e, quando vejo o seu retrato na parede ainda me lembro daquele azul dia de descanso, ganhamos e ganhamos tantas vezes, até quando a gente não ganhava sair daquele templo fazia com que meditássemos sobre a derrota e puxa já era fim do fim e viria a segunda. Passa o tempo e leva gente que amamos e é tão difícil ficar embora, seja tão bom permanecer por aqui. Passava com ela segurando na minha mão, a casa em obras e ela pediu para entrar lá e fiz a promessa que assim que tudo estivesse no lugar ela poderia tocar na história de minha infância. Houve grande festa para o novo velho  e depois que tudo se aquietou fui pagar a promessa, então era hora de voltar e para lá fomos com nossas camisas que são a própria pele, subimos a rampa, entramos, ela se virou e me viu chorando, pensou que fosse pelo nosso pavilhão, nenhuma casa nova portará o sentimento de um antigo lar.