sábado, 23 de fevereiro de 2013

Não vi a Nenê sair


 
 

Tendo mesa, cadeiras, guarda sol que na verdade, não guarda, previne, bem legal essa palavra guarda, guardar é olhar, um estar atento para os italianos, pode ser que ele olhe para o céu para nos proteger enfim, com esses apetrechos sobre a areia, uma birosca para bebes, comes, duchas, xixis, zins, plas, é só olhar o mar e ficar de boa. Gosto dessa situação de estar fitando as cenas manja?
 


A criança, por outro lado, quer é ficar na água, nem sai do colo de Janaína e já quer voltar, democrático espaço, quase todos os pudores comuns no dia a dia ficam pela estrada, é bom assim, a moça gorda recheando um pequeno biquíni, não está nem aí para a outra bem torneada, quem se importa com as celulite? Mundo sem chatice e, para que não fique triste Dona Conceição, tem aqueles homens barrigudos como o poeta, outros nem tanto, alguns assustadores, as sunguinhas verde limão, a propaganda do Coppertone, o cachorro puxando o biquíni da menina, a brisa de protetores de sol, algumas figuras se besuntam tanto que se transfiguram em Branca de Neve das dunas. A bela Natália sorriu tão branco, ofuscou olhares, serviu o peixe, salivou a boca, a bagaça fervia, derretia, desmilinguido no suor da tarde.




2 comentários: