domingo, 7 de junho de 2020

Samba jambo


Tem esse lance que carrego comigo, de utilizar palavras que já não se usa mais, poeta com conhecimento parco em gramática, já tive um nome, depois virei número e é nessa condição que me encontro até hoje. Tenho a senha na fila do leite poesia, provável que o luminoso permaneça apagado para os dígitos que seguro, curto mesmo café puro. Danço na corda bamba sem sombrinha, curto uma folia, faço festa sozinho na fumaça do cachimbo, amado e odiado não tenho amigo meio termo.
Desci a ladeira, pés forrados por tênis surrado, fitando passarinhos,
 e pessoas apressadas, entrei num bom bar, sol pra cada um, deitei cabelo num embelezador, chegou a gelada, passou mina sem parapeito, as duas na mesa ao lado sussurraram, que horror sem sutiã, goela abaixo precioso líquido, pensei em esculhambar com as duas soltando a fita, que de vez em quando saio sem aparador de badalo nem me depilo mas, achei melhor girar meu rumo num poema para a pequena, quando virei ela já estava em versos entre beijos com a namorada. Anda tudo chato, lisinho, asseptizado, criança não brinca descalça no pavimento, sem germe, verme, bactéria na clausura da internet, no desconhecer da taba indígena.

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