quarta-feira, 29 de maio de 2013

Domingo

Xis por cento dos assassinatos em São Paulo ocorrem por motivos fúteis, estava na capa do UOL ontem, é como se as pessoas matassem por um Danone, um benzinho tão raro tem o mesmo valor de um iogurte, mas morando em São Paulo você sabe como é? logo pela manhã já rola certo motivo para briga, quase todos os dias surgem cenas bem bizarras de incompreensão, algo que os homens da lei chamam de desinteligência. Não li a matéria do site, preciso confessar que não tenho paciência para números. Reunir gente diversa nestes dias atuais á fator de grande risco, não dá para controlar, acontece que nem por isso devemos evitar realizar o encontro entre as pessoas. Veja o que ocorre todo ultimo domingo de cada mês no campo do Mocidade lá na Vila Antonio no fim/começo do Rio Pequeno, você já foi até lá? Não? Convido você para ir mesmo sem saber o endereço, o campo fica atrás do Hospital e Maternidade Sarah, abro parênteses para falar deste canto da saúde pública, certa vez precisei ir até lá, prédio térreo, carcomido pelo tempo, enquanto esperava a poeira baixar, passeava pelo lado externo e, lá estava a placa GOVERNO DEMOCRÁTICO E POPULAR DE SÃO PALO, bateu saudade daquela nordestina baixinha e arretada, que detonou os alicerces conservadores desta terrinha cinza, fecho parênteses, eles promovem um samba com macarrão, a confusa mistura já é capaz de deixar qualquer apreciador do batuque curioso, antes do samba propriamente tocado, cantado, dito, tem um figura tocando coisas bem bacanas, que oscilam entre o clássico e o popularesco da musica brasileira, do soul, a cada suingue a turma chegando, garrafas ganhando ares, crianças correndo, mulheres sorrindo, um domingo sem parque, o cara que fica no bar é típico cara que atende o balcão, não esboça um sorriso, se você pede copo de vidro ele olha para a tua cara como se mãe tivesse sido ofendida, percebe que não teve nada disso e traz o copo, sem se quer dobrar o lábio, não quer carinho, o afago é aquela turba que se concentra diante de seus olhos, existem seres assim, que gostam de ver a casa cheia. Observando do lado de fora tanta felicidade algum vizinho deve pensar em trucidar um por um, acontece que diante da beleza que se sente, o que corre nas veias é apenas a certeza de que vida passa, que é apenas domingo, que ali o fantástico é que até samba ruim fica bom cantado pelas almas no MOCIDADE.

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