quinta-feira, 15 de outubro de 2015

uma pessoa

Quando necessito da crônica é a poesia que pinta. Procuro adaptar os versos num enredo e, a linha para a pena e a ideia não segue adiante.  Queria ficar só, nada além disso. Puxei o cachimbo, mesa na calçada, taberneiro trouxe torresmo e uma Colorado. Harmonizar manhã/tarde de sábado. Essa coisa eterna de estar sendo filmado, não gosto muito de citações mas, é inevitável não se sentir dentro de um 1984. A tinta preta da caneta, o café na cerveja papel branco. A íris sol, gente que passa presa na coleira do cachorro, poucos passeiam com carrinho de criança, na para onde me exercito é a maior cachorrada. Geraldo me traz água, coloca uma de rapadura no balde, conhece os meus hábitos, me trata como filho, sabe que nunca tive um pai, enquanto o povo que aprecia a sua feijoca não chega, sou cercado de mimos. Ele, aprecia os líquidos que bebo, curte o aroma da fumaça, é um cidadão flor, exala odores de paz, calejadas mãos, porradas desferidas, muito mais recebidas, a sina quase sempre é assim, cai, levanta, correria para que o bicho não coma. Foi numa noite ébria que o conheci, estava com alguns que não voltei a rever, ele chegou na casa do poeta pra preparar o cordeiro. Você diz que não tem preconceito mas, no fundo rola certa tendência de não curtir determinada coisa. Certo cochicho entre os meus, fui, parti, por isso não voltei para o grupo. A criança, antes de qualquer outro, correu para lhe dar um abraço. Algumas aplicações equivocadas, desfiguraram um pouco o rosto, os peitos cresceram bem Fafá, precisa importar os sutiãs, preparou o prato que saliva só em lembrar, batemos longo papo, adotou Shirley como nome, o chamo de Gê, no fundo é travesti mais lindo do planeta.

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