segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O cachorrinho riu para a moça mais linda da cidade - 12

- E aí, tá pronto para um giro até a periferia?
- Claro, e vocês como estão, passaram bem a semana? - Tudo bem, tudo bom, responderam, estava azul o dia, abri o jornal de domingo para ler o meu horóscopo e o delas, pedi para que parássemos numa padaria para eu beber uma xícara de café, o horóscopo nada prometia de novo, o café em compensação estava ótimo.
Aos domingos o trânsito é melhor e, em pouco tempo, chegamos à casa do amigo da Carla, numa rua calma e pacata com cheiro de cidade do interior. Teobaldo era um mulato sorridente que morava com esposa e filho numa casa aconchegante com um quintal imenso, onde criava galinhas e cultivava uma horta, o filho tinha saído para buscar a namorada e a esposa de Teobaldo, Dona Analis, preparava o molho num fogão a lenha.
- Não era você que ia preparar a bóia? - disse Carla.
- Quando tem visita ela nem me deixa entrar na cozinha. Tudo bem com vocês? E esse sujeito desconfiado, quem é?
- Teobaldo, este é o Dilermando.
- Como vai meu rapaz?
- Eu vou bem e o senhor?
- Senhor tá no céu, mas estou bem, mi casa tu casa.
- Obrigado. - respondi ajudando as meninas a retirar as coisas do carro.
- Analis, os meninos chegaram. - berrou Teobaldo e sua esposa saiu para nos abraçar e reclamar que havíamos levado muita bebida para um domingo; ela tinha olhos verdes tão lindos que era impossível não ficar olhando para eles, era de uma doçura sem fim, puxa, naquele dia fui feliz, só agora, enquanto caminho, sinto isso.
O filho de Teobaldo chegou trazendo a namorada e uma amiga dela chamada Carmela, uma cabocla linda que, de pronto, me deixou apaixonado, tudo bem, tudo bom, beijinho e que coisa linda, enquanto me perdia por ela. Carla pegou Carol pela mão e foram andar.
 - Como se amam essas duas. - falou Teobaldo.
Dançava com aquele comentário a expectativa de sexo a três, mais algumas pessoas chegaram e o almoço foi servido e era como se fôssemos todos da mesma família. Após o almoço, alguém colocou música no ambiente, a bebida gelada era misturada com alguns tragos de um rum que o Teobaldo guardava para alguns eventos, grupinhos se formaram como sempre acontece em festas, transitei por todos eles até parar onde estava Carmela e por ali fiquei conversando com ela, “faz tempo que conhece as meninas?” - perguntou e eu expliquei que fazia pouco tempo e coisa e tal, ela tranquila, linda, conversamos durante um bom tempo, aquela com certeza cabia no meu orçamento.
A noite caiu rápida e fria. Para nos aquecer, Teobaldo acendeu uma fogueira, éramos todos brasa e Carmela decidiu dançar ao redor do fogo, me enchendo de encantamento, umbigo de fora, saia indiana, completamente chapada, era a fúria e a folia, pena eu ser tão bunda mole, eu dançaria com ela, mas o fogo sempre me assustou e ela me botava cheio de medo. Deixei o medo de lado com uma dose de rum e fui para a dança e dancei como jamais na vida, a dança ébria, a dança da alegria de Baco e todos aplaudiram quando puxei Carmela para uma coisa mais colada, ela não hesitou, sentia os seus seios contra mim, estava sem sutiã e a língua tocou a língua e a vida girou faceira na tontura etílica daquela noite.
- Vamos? - disse Carla
- Fica mais um pouco. - retrucou Carmela.
- É tarde. - comentou Carol.
- Podem ir que me viro. - acabei decretando o meu destino e Carmela sorriu e Analis também e a festa continuou.

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